Abaixo criador e criatura.
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Recentemente
me deu a louca compradora de livros e comprei logo seis! Dentre eles o
último livro de Umberto Eco, o escritor italiano autor do renomado "O
nome da Rosa" e que deixou esse mundo em fevereiro desse ano. Conhecia
sua história famosa pelo filme estrelado por Sean Connery, porém "Número
zero" foi o primeiro livro seu que li. O romance ambientado na Milão
de 1992 retrata os bastidores de um jornal imaginário, expondo um
completo manual do mau jornalismo. É um jornal que pretende chantagear e
difamar a fim de prestar serviços no mínimo duvidosos a seu
patrocinador. A trama traz a tona incertezas que permeiam as
circunstâncias da morte de Mussoline, a existência e fim da Gladio, um
suposto golpe de estado entre outras teorias que fazem nossas mentes
girarem em suposições bem passíveis de veracidade. Muito interessante,
principalmente para nos fazer avaliar com cautela as notícias que nos
são apresentadas todos os dias por jornais e telejornais. É mesmo
possível que sejam imparciais, ou estão a serviço de grupos e seus
interesses?
Um
livro que faz o leitor experimentar uma gama de humores: ele diverte,
intriga, suscita raiva, temor e por fim faz perceber que precisamos de
certa dose de conformismo para conseguir seguir vivendo.